O Retail’s Big Show – maior evento de varejo do mundo – teve sua 105° edição realizada em Nova Iorque, no mês de janeiro desse ano. O evento teve duração de 4 dias e contou com mais de 3300 empresas de varejo, 33 mil participantes e 700 palestrantes. O congresso mostrou as transformações no comportamento dos consumidores, além de revelar as tendências do mercado, e reforçou que as empresas devem manter seu foco nas pessoas.
A V20 esteve no café da manhã organizado pela AMPRO – para falar do evento – e separou os 5 assuntos mais relevantes para você. Confira:
#1 – Uma nova geração
Quem nasceu entre os anos 80 e 90 constitui a primeira geração genuinamente digital, e se relaciona de forma única com as marcas. Este público, chamado de Millennials, busca mais qualidade de vida e valorização do tempo do que apenas dinheiro, segundo Willy Kruh, global chairman of consumer markets KPMG. O consumidor está cada vez mais exigente e mais adepto às tecnologias que facilitam o seu dia a dia.
É preciso, então, que as empresas entendam que este consumidor busca se relacionar com marcas, assim como defendem as estratégias do Marketing 3.0 (KOTLER). Há a necessidade desse público em ter informação e entretenimento disponíveis em qualquer lugar e a qualquer hora. A chamada Geração Y precisa sentir que controla o ambiente em que está inserida. É familiarizada com dispositivos móveis e comunicação em tempo real, além de dividir suas atenções com diversos dispositivos (multi-tela).
O cliente precisa ser sempre o foco das empresas de varejo que, muitas vezes, estão direcionadas a focar nos canais. O mercado brasileiro precisa aprender com o americano quando o assunto é processo de compra. O consumidor atual, tanto brasileiro quanto americano, busca facilidades de uso, de pagamento, de recebimento e atendimento. Oferecer um serviço prático, ágil e eficiente é de extrema importância para garantir o sucesso da marca.
#2 – Compartilhando o desenvolvimento para atender pessoas
Houve um tempo em que a concorrência entre as empresas para ver quem lançaria um produto ou serviço exclusivo era regra de mercado. Hoje, as empresas se preocupam em compartilhar informações e lançar seus produtos para concorrerem no mercado, cada um com sua peculiaridade, e sempre focando na experiência do consumidor.
Entre as ameaças das empresas na atualidade estão as mudanças sociais e econômicas, que dificultam o consumo de produtos e serviços nem sempre essenciais. O varejo acaba ficando para trás, se comparado ao setor de tecnologia, por não se abrir para parcerias.
#3 – Os novos processos de compra do consumidor
Há rumores de que as lojas físicas irão sumir do mapa. Ledo engano. A redução das lojas acontece, mas é fato que o mundo virtual ganha cada vez mais espaço no complemento do processo de compra. As lojas físicas têm sua parcela no complemento, servindo como um canal para a experiência do consumidor com o produto visto na internet. No novo processo de compra, o consumidor tende a pesquisar na internet, ir à loja física para experimentar o produto, e voltar para a internet para concluir a compra; com exceção daqueles que têm o interesse imediato em obter o produto e acabam por preferir a compra na loja física.
#4 – Informações valiosas geram a conquista do cliente
Ter informações dos clientes é algo possível quando o assunto é comércio virtual. Mas não adianta ter os dados e não utilizá-los para lucrar. Um exemplo dado no evento foi o da empresa de material esportivo Under Armour. Mais do que vender mais calçados e roupas, a empresa sabe que o futuro está em criar comunidades e entender quem são os clientes, oferecendo assim produtos e serviços personalizados. A Under Armour se vê como uma empresa não apenas de vestuário esportivo, mas de tecnologia, pois está sempre buscando novas tendências para aplicar em seus produtos.
#5 – Foco no mercado e na qualificação de profissionais
O Brasil possui 33 entre 250 maiores empresas varejistas do mundo, e – apesar da crise – é um mercado que continua valendo a pena. O país foi foco nos assuntos devido à movimentação do mercado em épocas de eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. A dica dos especialistas é de que é possível investir mais, com menos esforço. As empresas buscam, cada vez mais, buscar colaboradores qualificados para exercer as funções, garantindo produtividade maior e com qualidade.
Chegou a hora
O importante é criar uma marca que viva como uma ideia, e não como um produto. É necessário que as empresas se moldem de acordo com os novos mercados e públicos, que mudam rápido e constantemente. Então, é fundamental se adequar às novas mudanças, criar e acompanhar novas tendências e compreender melhor as pessoas.